“Não se lembrem das coisas passadas, não pensem nas coisas antigas. Olhem, vou fazer algo novo, já está a brotar, não o notam? Traçarei um caminho no deserto, rotas na planície” (Is 43, 18-19)
A cada ano que começa poderíamos tomar este capítulo e reconhecer nele uma ordem de Deus, de não nos determos no passado. Mas por que o homem, atualmente, não consegue viver em plenitude o “hoje”, o presente?
Padre Marcelo Domingo, da Fundação Apostólica Mariana, na Diocese de Corrientes – Argentina, responde esta pergunta dizendo-nos que “o homem afastado de Deus vê-se urgido a aproveitar o tempo a todo custo. Sempre tenho em conta que o Senhor é um presente permanente, por isso se diz o ‘hoje da salvação’”.
No entanto, vivemos pulando – por um futuro que tratamos de acercar -, pelas condutas ansiosas e por um passado que nos persegue e o qual não podemos resolver. Então, pulando de ambos os lados, logicamente não podemos viver o hoje da salvação.
“Acho que todos os problemas do homem se reduzem a uma falta de fé, porque esta também nos impedem de viver o hoje”, refletiu o sacerdote.
O sacerdote nos orienta sobre quais atitudes nos permitem esperar e experimentar o ‘novo’ que Deus tem para este novo ano; ele destaca a vigilância, porque esta nos permite discernir e aproveitar o que vem do Senhor.
“Saber discernir é perceber quais coisas são importantes, quais são de Deus ou não. É viver no mundo, mas carregar os problemas segundo o Espírito, levantando a cabeça, porque o mundo já está redimido. A abertura, a serenidade e o silêncio são atitudes que no ajudam a desfrutar o presente”, falou o sacerdote.
Perguntamos também ao sacerdote por que é importante fazer a opção de amar. E o consagrado no explicou que “a decisão de amar é ascendental e nos ajuda a tomar uma posição diferente ante a vida”.
No Evangelho, Jesus perguntou a Seus discípulos, várias vezes, se queriam segui-Lo ou abandoná-Lo, assim os obrigando a se decidirem por Ele novamente. Por isso é importante, quando começa um novo ano, tomar novamente a decisão de amar para poder desfrutar da vida.
O padre conclui recordando-nos que “a alegria não está fora, senão que se constrói em nosso interior a partir destas decisões que tomamos”.
Exequiel Alvarez
Família Canção Nova Argentina
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