Não dá pra ficar calado diante de tantas mortes de mulheres no estado do Espírito Santo. Vemos tanta brutalidade contra a mulher pelos jornais. Isso é apenas o que a mídia mostra, fora tantos outros crimes que não fazem parte das estatísticas.
No Brasil, no período de 30 anos, de 1980 a 2010, foram assassinadas cerca de 91 mil mulheres. Só nos últimos 10 anos foram mais de 43 mil mortes. O Brasil ocupa a 7ª posição de países que mais matam mulheres (4,4 taxa/100 mil mulheres).
No Espírito Santo 10 mulheres são assassinadas a cada grupo de 100 mil mulheres. O nosso estado ocupa o primeiro lugar em assassinato de mulheres. A nossa taxa é de 9,4 homicídios. Mais que o dobro da média nacional de 4,4.
O município de Serra é o 6º mais violento do país, seguido de Aracruz, em 12º lugar; Cariacica, em 23º lugar; Vila Velha, em 29º lugar; e Vitória, em 38º lugar.
Os órgãos públicos de segurança, o Judiciário, a Polícia enfim, a sociedade civil organizada precisam fazer algo contra o absurdo número de assassinato de mulheres no estado.
Todos podem ajudar de alguma forma. Não estou isentando as polícias de fazerem a sua parte. O aumento do número de policiais, do efetivo nas ruas para prevenir e coibir um crime, um assassinato contra a mulher é necessário. O homem que decide matar a companheira, mata dentro do carro, da casa dele, da casa dela, de ambos, na rua, nas esquinas, na espreita. Isso foge o alcance da polícia. Não há escolta para todo cidadão. A polícia é necessária, evidentemente, mas a coisa está além.
Denunciar um namorado violento, dar queixa na polícia, pode sim impedir uma tragédia futura. Ele é chamado para depor, para explicar as ameaças, e pode mudar sua postura ou não.
O olhar atento dos pais, sabendo com quem suas filhas andam, namoram, se envolvem, pode, em muitos casos impedir que uma tragédia aconteça. A vigilância é necessária. Seja a filha de maior ou menor de idade. Os pais orientam as filhas, aconselham, mas não dá para trancar uma filha dentro de casa que esteja namorando um cara problemático.
O crime passional, ou seja, aquele movido pela paixão, pelo amor doentio tem vitimado inúmeras mulheres no Espírito Santo. É tenebroso, horrível, cruel, medonho.
No Espírito Santo a mulher não pode se separar mais do companheiro. Ou não pode se juntar? Nada disso. O problema está no agressor, nestes caras problemáticos, agressivos, conturbados, que num súbito ou muito planejadamente, tiram a vida de uma mulher. Essa pessoa traz um rombo tremendo nos corações dos familiares que ficam.
As políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres estão fazendo a sua parte; os governos a deles.
A minha contribuição aqui é no campo espiritual. Rezemos pelas lideranças do nosso estado. Rezemos pelo estado inteiro, para que a violência contra a mulher seja extirpada. A sociedade está atenta e mobilizada contra esta problemática. Mas os céus também precisa ser acionado. Deus quer ouvir as nossas orações para que o Espírito Santo não seja o estado da morte, da barbárie, mas um estado de graça, de paz. Que consiga, com o passar do tempo, diminuir drasticamente estas estatísticas.
A bandeira do nosso estado está manchada de sangue de cada mulher que é morta pelo namorado, marido, companheiro.
Que as nossas intenções nas orações, no Santo Terço, no Rosário, nas Santas Missas aumente para que a força do Alto, que o Espírito do Pai, venha neutralizar a ação do mal e impedir que as mulheres sejam vítimas deste tipo de crime.
Por Thiago Zanetti
Colunista do Blog Evangelizando. (+ artigos)
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