26 de fevereiro de 2013

Paramentos Litúrgicos: Cíngulo


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Veja alguns paramentos litúrgicos com por exemplo o Cíngulo.

Cíngulo

O cíngulo, como a dalmática, foi uma veste de origem romana que se anexou aos paramentos litúrgicos e recebeu da tradição da Igreja um significado cristão. A primeira menção do cíngulo é uma carta do papa Celestino aos bispos de bispos de Viena e Narbone, na Gália no século V. A forma do cíngulo, desde a antiguidade até parte da Idade Média, era de uma estreita faixa com 6 ou 7 centímetros de largura. Era comumente de linho e, por vezes, bordado. O formato de cordão só se popularizou depois do século XV e hoje é o dominante.

O cíngulo contra, na atualidade, de um cordão de cerca de 4 metros com dois pompons nas pontas com franjas. O cíngulo segue a cor do tempo, podendo ser branco, roxo, rosa, preto, vermelho, verde ou de cor festiva (dourado). Entretanto, como os demais paramentos usa-se o branco na falta da cor específica.

Em relação à ornamentação, a princípio era simples, posteriormente passou a constar de ricos brocados com ouro e pedras preciosas, principalmente durante a Idade Média. Na atualidade, recuperou parte de sua simplicidade inicial. O cíngulo possui decoração austera que pode constar de fios dourados ou prateados unidos à cor do cíngulo, sem pedras ou ornamentos maiores.

Usam o cíngulo todos os ministros que portam a alva. Nesses se incluem os acólitos, os leitores instituídos e todos os clérigos. O cíngulo é posto sempre sobre a alva, amarrado a cintura. Se se usa estola, esta fica, tradicionalmente, presa ao cíngulo. Não se usa cíngulo quando não se veste alva; assim, não se usa cíngulo com vestes corais, com batina e sobrepeliz, etc.

Para se vestir o cíngulo, o rito extraordinário prevê que o sacerdote reze a seguinte fórmula:

"Praecinge me, Domine, cingulo puritatis, et exstingue in lumbis meis humorem libidinis; ut maneat in me virtus continentiae et castitatis."
"Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade."
Tal uso, louvavelmente, pode manter-se no rito novo, uma vez que essa oração resume de maneira piedosa o significado deste paramento.O cíngulo lembra o antigo gesto de amarrar a veste à cintura para melhor trabalhar, daí a citação dos rins, região onde é amarrado para facilitar a labuta. Essa comparação fez o cíngulo se proliferar entre os monges.
Pode-se estabelecer uma relação ainda com a escritura do Antigo Testamento, na qual Deus ordena que os Hebreus comam a Páscoa cingidos (cíngulo) e com o manto (casula). Entretanto a relação que a tradição cristã mais bem aplicou ao cíngulo foi a sua relação com a castidade e a pureza de espírito, como ressalta a oração. 

Fonte: Salvem a Liturgia!

Da Redação Blog Evangelizando


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