5 de outubro de 2012

É possível que no futuro a Igreja permita a ordenação sacerdotal de mulheres? - Parte 2

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Cardeal Joseph Ratzinger, O Sal da Terra. O cristianismo e a Igreja católica no século XXI: um diálogo com Peter Seewald. Rio de Janeiro, Imago, 2005, pg. 166.


Texto alemão original
Nova tradução
[Der zweite ist, daß] in der Tat in allen Bereichen, die nicht wirklich vom Herrn und durch die apostolische Überlieferung her festgelegt sind, sich ständig Wandlungen vollziehen – auch heute. Die Frage ist eben: Kommt es vom Herrn oder nicht? Und woran erkennt man das?
Na realidade – ainda hoje – acontecem mudanças constantes em todas as áreas [da Igreja] nas quais não haja uma definição realmente proveniente do Senhor ou da Tradição apostólica. Trata-se então de responder se uma realidade tem ou não sua origem no Senhor e de como seja possível descobrir isto.
Die vom Papst bestätigte Antwort, die wir, die Glaubenskongregation, zum Thema Frauenordination gegeben haben, sagt nicht, daß der Papst jetzt einen unfehlbaren Lehrakt gesetzt habe.
Nós, a Congregação para a Doutrina da Fé, demos uma Resposta a respeito da ordenação das mulheres, mas esta Resposta, que foi aliás confirmada pelo próprio Papa, não afirma que o Papa agora tenha realizado um Ato de Magistério infalível (einen unfehlbaren Lehrakt).
Der Papst hat vielmehr festgestellt, daß die Kirche, die Bischöfe aller Orten und Zeiten immer so gelehrt und es so gehalten haben.
O que o Papa fez, na verdade, foi constatar que a Igreja, os Bispos de todos os tempos e lugares sempre ensinaram assim e sempre agiram assim.
Das zweite vatikanische Konzil sagt: Wo das geschieht, daß Bischöfe über sehr lange Zeit hin einheitlich lehren und tun, ist es unfehlbar, ist es Ausdruck einer Bindung, die sie nicht selbst geschaffen haben. Auf diesen Passus des Konzils beruft sich die Antwort (Lumen gentium 25).
O Concílio Vaticano II nos diz que, quando acontece de os Bispos ensinarem e agirem durante um longuíssimo tempo de forma unitária (einheitlich), temos ali uma realidade infalível; ali se expressa um vínculo que não teria sido criado pelos próprios Bispos. A Resposta refere-se a esta passagem do Concílio (Lumen gentium, 25).


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